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Nº1 em experiências e atividades no Rio de Janeiro, segundo o

Nº1 em experiências e atividades no Rio de Janeiro, segundo o Trip Advisor

A História do Réveillon no Rio de Janeiro: De Oferendas a Espetáculo Mundial

  • Foto do escritor: guiarodrigoindio
    guiarodrigoindio
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura
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Quando pensamos em réveillon, é quase impossível não imaginar o Rio de Janeiro. A praia de Copacabana tomada por milhões de pessoas vestidas de branco, os fogos iluminando o céu e o mar refletindo aquele brilho dourado que marca o início de um novo ano. Mas nem sempre foi assim. O réveillon carioca, que hoje é uma das maiores festas do mundo, começou de um jeito bem mais simples e cheio de fé.


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As origens: fé, mar e flores

Lá nos anos 1950 e 1960, o réveillon na praia era um momento de devoção. A festa começou com os praticantes de religiões de matriz africana, especialmente do candomblé e da umbanda, que iam até o mar à meia-noite para saudar Iemanjá, a rainha do mar. Levavam flores, perfumes e velas, e faziam oferendas em agradecimento e pedidos para o novo ano. As roupas brancas, símbolo da paz e da purificação, vieram daí. Aos poucos, os rituais sagrados foram despertando a curiosidade dos banhistas e turistas, que começaram a participar, mesmo sem saber exatamente o significado. E assim, a tradição espiritual se misturou com o lazer, ganhando cada vez mais espaço na cultura carioca.


Copacabana anos 70
Copacabana anos 70

Dos terreiros à festa popular

Com o passar do tempo, o réveillon de Copacabana cresceu. Na década de 1970, os primeiros fogos começaram a ser lançados da areia, encantando quem estava na orla. Nos anos 1980, hotéis e restaurantes da região perceberam o potencial turístico da data e começaram a investir em eventos, ceias e shows para atrair visitantes.

Mas o grande salto veio nos anos 1990, quando a prefeitura do Rio organizou a primeira queima de fogos sincronizada e trouxe palcos com música ao vivo. A partir daí, o réveillon carioca deixou de ser apenas uma celebração local e passou a ser um espetáculo internacional.


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O símbolo da virada

Hoje, o réveillon de Copacabana é uma das maiores festas de ano-novo do planeta. São mais de dois milhões de pessoas reunidas na areia, 15 minutos de fogos iluminando o céu, shows de artistas brasileiros e uma energia que só o Rio sabe ter. Além de Copacabana, outros bairros como Ipanema, Flamengo e Barra da Tijuca também ganham suas próprias festas, mas é em Copacabana que o coração do réveillon carioca bate mais forte.


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Tradições e superstições

Mesmo com tanta modernidade, as tradições continuam vivas. Pular sete ondas, jogar flores no mar, brindar com espumante e fazer pedidos ao som dos fogos fazem parte do ritual de quase todo carioca. A mistura de fé, alegria e esperança é o que dá à virada do Rio esse charme único, uma combinação de espiritualidade e celebração que representa bem o espírito brasileiro.


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Muito além da festa

O réveillon do Rio é mais do que uma queima de fogos. É um símbolo de renovação e resistência, uma celebração da vida em uma cidade que sabe transformar desafios em arte, ritmo e sorriso. É o encontro da fé de quem começou essa tradição nas areias, com a alegria de quem chega de todos os cantos do mundo para sentir essa energia única.

Quando o relógio marca meia-noite e o céu se ilumina sobre Copacabana, o Rio mostra, mais uma vez, que sabe celebrar como ninguém, com coração, com esperança e com o brilho que só ele tem.

 
 
 

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